domingo, março 13, 2005

Verossimilhança!

Verossimilhança

 

Semelhante ao semblante enrubescido pelo torpor idiossincrático;

Alterações hepáticas que comovem os músculos faciais;

Cicatrizes estigmatizadas por sua estética agressora e nociva;

Artigos teratológicos ofendendo as pupilas de sóbrios compadres;

Resplandece o fulgor da mutação antropológica.

 

A evolução escarra no sentido lógico e cospe na terapia;

Inauditos se tornam os extasiados pseudo-maldito beneméritos;

Convalescem da luxuria doentia os cegos cacófonos do interior;

Bem quisesse a diretriz arruinada de meu país resguardar a indulgência;

Nem que fosse pelos recônditos descentralizados âmagos da cultura.

 

Sobriedade me pedem os deuses, enquanto exigem virilidade;

Sabedoria contrapondo o arrebatamento do ser exótico e gentil;

Vaidade segregando valores hostis e maximalistas;

Enquanto os minimalistas clamam por perdão, perdão da destruição;

Dor da repulsa cerra os dentes pedindo clemência, saliência prostitutriz.

 

Danoso naufragara com suas vísceras corroídas pelos vermes;

Tinoso sofrera da besta disfunção constitucional;

Fragoso arrependeu-se por ser abastado, doce fragoso arrependido;

Leitoso convergiu na mais profunda agonia por conseqüência de seus atos insanos

E Feitoso se desfez nas lágrimas vis de um herói perdedor.

 

Tiago Muzulon