quarta-feira, junho 08, 2005

Coisa de um lunático.


O céu é vazio. Caminho com o vento batendo e divisando meu cabelo grisalho. É domingo e papeis se amontoam nas ruas do centro. Geralmente às sextas-feiras há liquidações das lojas. Que picam e despejam toneladas de papeizinhos. Gosto de caminhar por essas ruas tão tumultuadas durante a semana, e tão cheia de vácuo nos finais. A sensação cintila o opaco. As vestes completam em meu corpo espaços que nunca serão preenchidos. Pisoteio insetos ignóbeis. Como posso não sair do lugar? Questões sem fim são como ruas vazias de domingo. Tristes e com grandes espaços a serem percorridos. Espaços que não inspiram. Espaços que não latejam. São mornos estáticos.