sexta-feira, junho 10, 2005

Vou partir.

Vou mudar o rumo dos meus dias. A aurora não virá me espancar mais ao meio-dia, talvez agora será mais sutil. O vento que divisa meu cabelo, em Dezembro, será rigoroso em castigar-me. Não sei se haverá pessoas querendo me agradar. Pessoas que façam meus almoços prediletos. Cães que insistem em dizer que me amam, mesmo em seu idioma inintelígivel para mim. Terei de ser um garoto pesado, carregando muitas bugigangas banais. Os lugares, não sei ainda quais serão, mas hei de visitá-los. Mesmo que seja o lugar-nenhum de dentro de um quarto. E quando ver as doces mademoiselles (idéia de viagem transfigurada) caminhando pelos bulevares milenares, só poderei enxergar Ela, em minhas pupilas mentirosas, Ela estará em cada esquina. Ela que esqueci o aniversário. Ela que um dia me chamou pra vida, pegou em minha mão e disse cheia de ternura: "vem conhecer o melhor caminho". Cândida, Columbina, você me faz, me fez, e me fará falta. Achei que Ela não me recobraria explicações novamente, muito menos assim, às avessas. Tenho pressa, mas tudo há de ser feito com calma. "Vá com calma, e depois falamos quando vier me ver", foram Suas últimas palavras ao telefone.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

muito bom.
cara, você já publicou alguma coisa sua em algum lugar, algum site de literatura?

8:37 AM  
Anonymous Anônimo said...

Tiago!!!
Muito bom seu blog!
Adorei eus contos!
Bom, é isso!
Bjinhus.

6:13 PM  
Blogger Tiago Muzulon said...

o miguel do rosario, do www.arteepolitica.com.br fez uma entrevista comigo esses dias. estou esperando ele publicar. valeu. abraços.

8:52 AM  

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