domingo, março 27, 2005

A noite, sem dono, tão menina.

É uma redoma, infinita em sua limitação. Às vezes, dizem que é preciso ter fôlego. Fico comovido com observações dessa espécie, entretanto, esta comoção sobe por minha espinha dorsal sem lisura, desbocada, desmedida.
Não sou tão poeta assim, tampouco filósofo, mas, vejo a vida entrecortada, e ela me vê aguçada. As trombetas solenes da revelação reverberam doloridas em meus tímpanos condescendentes. Prefiro a bossa nova. Não me queixo, como faz a maioria dos meus contemporâneos, só quero viver em paz. Em finais de noite, pelo submundo afora, todo mundo precisa de uma cerveja para dormir, em paz. Confesso uma coisa garotada: um pouco de esquizofrenia sempre ajuda, garanto. Nem sempre belas bundas deixam de se entupir com cerveja por motivos quaisquer, elas podem estar tristes. E ela, em frente ao motel, disse: não.
Escritores desconhecem o real sentido das palavras, dos termos. Os conceitos, não sabem.