Soneto de Guardanapo.
À noite, na rua, em carros velozes pela cidade;
Luz, ela é bela, me comove;
Ela é doce, me contento, e é assim,
Mas sempre me esqueço.
Num canteiro de avenida, eu a desejo, doce, dourada;
Eles só querem transar, mas Columbina me faz esquecer;
Eu só a quero para mim, assim, despida de carne, só ela,
Mas Columbina me faz pensar.
E o sol já ia alto, brigando e expulsando os boêmios da rua;
Era a sua vez de reinar, firme, majestoso, doído;
Substituindo os velhos melindres, do asfalto cinza.
A noite já dia tinha de continuar, mas preferiu findar;
E eu ébrio, de encantos por Columbina,
Não conseguia terminar, o último gole daquela menina.
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